A Urbanização do Brasil Colonial #38

Geopizza - En podcast af Globoplay

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Por que a maioria das capitais brasileiras são em terrenos íngremes, com ruas curvas? Até o século 18, os portugueses viam suas colônias como latifúndios, voltada a vida rural, priorizando o comércio e proibindo atividades culturais, como gráficas ou educacionais, como universidades.  Nossa 38º edição está no ar! Escute no Spotify (link na bio) ou Apple Music, Google Podcasts ou Deezer. Com a instituição das capitanias hereditárias, os portugueses concentraram-se em fundar cidades em baías e penínsulas que ofereciam ampla vantagem aos indígenas.  Os municípios baseavam-se no plano urbano de Lisboa, Porto e Vila Nova - locais em terrenos íngremes, com traçados medievais,  influenciadas pela característica moura árabe. Enquanto isso, a legislação espanhola ditava que as cidades coloniais deveriam ter um formato xadrez, com rígidas especificações da localização das áreas comerciais e residenciais.  Além de basearem-se na extração do ouro, as cidades espanholas eram também centros culturais e universitários, para impedir que suas economias fossem dominadas por apenas uma indústria. Em 1535 os espanhóis publicaram 252 livros na América Latina, com gráficas em Buenos Aires,  Cidade do México e Lima, formando 7.850 bacharéis e 473 doutores no século 18. Enquanto isso, não havia universidades no Brasil até 1822 - todos interessados deveriam ir até Coimbra, em Portugal. Gráficas, era proibidas até 1745. Além disso, os espanhóis entraram em contato com civilizações indígenas densamente urbanizadas como o Império Inca e a Confederação Asteca.  as cidades espanholas eram construídas em cima de cidades indígenas devastadas, como Cuzco e Tenochtitlán, para evitar a resistência dos nativos.  Ao longo dos séculos no Brasil, o crescimento exponencial da população explicitou a falta de infraestrutura do país, que perto do século 20 ainda dispunha de uma malha urbana colonial. O país era incapaz de comportar tecnologias como eletricidade, saneamento e carros. Em obras de urbanização aceleradas, Recife Rio de Janeiro e São Paulo destruíram edificações com mais de séculos de idade. A destruição de velhos bairros e criação de novos bairros também intensificou os processos de segregação societária e racial.